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Câmara aprova 'Prêmio Madre Maurina' em Defesa dos Direitos Humanos

Projeto de Resolução institui honraria inspirada pela história de tortura e exílio da religiosa
Câmara ativa
Imagem em destaque da autora do projeto, vereadora Judetti Zilli (PT)

A Câmara Municipal aprovou, nesta segunda-feira (6), o Projeto de Resolução de autoria da Vereadora Judeti Zilli (PT), instituindo o "Prêmio de Direitos Humanos Madre Maurina".

O objetivo da honraria é reconhecer e celebrar indivíduos que se destacaram na defesa dos Direitos Humanos na cidade ou no país. O prêmio será concedido anualmente em novembro, por meio de uma sessão solene, com as despesas custeadas pelo orçamento da Casa Legislativa.

A criação do prêmio é inspirada na história de Madre Maurina, então diretora do Orfanato Lar Santana. Em outubro de 1969, ela foi presa e torturada por cinco meses por discutir a redemocratização do país. O caso, que resultou na excomunhão de dois delegados pelo Bispo Dom Felício da Cunha, forçou Madre Maurina ao exílio no México por 14 anos.

A Vereadora Judeti Zilli enfatizou que a aprovação do projeto “é fundamental para manter viva a memória deste episódio sombrio, garantindo que Ribeirão Preto jamais esqueça a necessidade de uma luta constante pelos Direitos Humanos”. A honraria, agora instituída, transforma a memória histórica em um ato de reconhecimento para os atuais e futuros defensores da causa.

Texto: André Luís de Jesus

Foto: Thaisa Coroado