
A consolidação do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um marco significativo e um novo desafio na vida de qualquer família. O TEA é uma condição que afeta, em diferentes níveis, a comunicação, a linguagem, o comportamento, a socialização e a sociabilidade.
Embora o número exato de pessoas diagnosticadas com TEA no mundo seja incerto, o Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) dos Estados Unidos estima que 1 em cada 36 crianças seja diagnosticada com o transtorno. Com base nisso, estima-se que no Brasil existam cerca de dois milhões de pessoas com TEA.
Em 2023, foi sancionada no estado de São Paulo a Lei 17.744/2023, que autoriza a criação de Centros de Referência e Atendimento Especializado ao Autista. O objetivo desses centros é oferecer atendimentos psicossociais e médicos, agendar consultas e promover ações nas áreas de esportes, inclusão social e disseminação de informações sobre o TEA. Além disso, os centros têm como foco a educação, a saúde e o trabalho, integrando também os familiares das pessoas com o transtorno.
Em março de 2024, a região de Ribeirão Preto (SP) atingiu a marca de 612 emissões de Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), distribuídas por 25 municípios. Em todo o estado, o número ultrapassou 40 mil carteiras emitidas.
Apesar dessas informações, que evidenciam a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes para apoiar essas famílias, a realidade é que a assistência ainda avança de forma lenta.
Essa é a percepção de grupos de mães atípicas, mães de filhos com autismo, durante um encontro realizado na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, na segunda-feira, 10 de fevereiro.
A reunião, organizada pelo vereador Daniel Gobbi (Progressistas), teve como objetivo ouvir as famílias para entender as reais necessidades nas áreas de saúde, educação e inclusão social.
Segundo o vereador, é fundamental ampliar o acolhimento às pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
“São muitos os desafios enfrentados por essas famílias. Alguns deles poderiam ser amenizados com políticas públicas efetivas”, afirmou Daniel Gobbi.