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Câmara realizou abertura do Mês da Síndrome Alcoólica Fetal

Evento teve como palestrantes o professor José Mauro Braz de Lima, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Dr. Denis Lamblin, presidente da SAF France e da SAFTHON
Câmara realizou abertura do Mês da Síndrome Alcoólica Fetal

Na manhã desta sexta-feira, 02 de setembro, foi realizada a abertura do Mês de Alerta à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) no plenário da Câmara Municipal de Ribeirão Preto. O Mês de Alerta à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) foi instituído através de lei de autoria da vereadora Gláucia Berenice e é realizado desde 2010.

O evento realizado em formato híbrido, foi presidido pela vereadora Glaucia Berenice (Republicanos), conduzido pela enfermeira e professora da Universidade de São Paulo – USP-RP, Natalia Pioli. Contou com a participação de Ingrid Ribalto, monitora de educação e professora do SENAC, Janaína Boldrini França, coordenadora de Assistência Integral da Saúde da Mulher e representando o secretário Municipal da Saúde, Kelara Costa, secretaria adjunta da Secretaria de Assistência Social, Sandra Helena Vicente de Carvalho, coordenadora da educação especial da Diretoria Regional de Ensino de Ribeirão Preto.

Os palestrantes, que participaram remotamente, professor José Mauro Braz de Lima, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Dr. Denis Lamblin, presidente da SAF France e da SAFTHON, apresentaram dados importantes sobre a SAF.

No Brasil existe uma subnotificação da síndrome, e os profissionais trabalham com estimativas. Entre as alterações causadas pela SAF citaram o baixo peso, baixa estatura, má formações, atraso no desenvolvimento neurológico e parte cognitiva.

Segundo José Mauro, a SAF é uma das principais causas de déficit cognitivo, “a cada hora nascem de cinco a seis crianças com a SAF”. E informou que a cada ano cerca de 50.000 crianças nascem com a síndrome no Brasil. A SAF está sendo vista como problema de saúde pública mundialmente.

O trabalho desenvolvido na macrorregião de Ribeirão Preto, poderá ser referência na conscientização do consumo de bebida alcóolica por gestantes, segundo José Mauro, “o Mês de Alerta à Síndrome Alcoólica Fetal pode trazer um nível de consciência considerado de maior importância”.

Durante a apresentação de Lamblin, foi explicado que uma a cada dez mulheres grávidas consomem bebida alcóolica, e em países com maior consumo de álcool, como o Brasil, esse índice é ainda maior. “Uma em cada sete gestantes estão dando à luz uma criança com SAF. ”

O uso de bebida alcoólica durante a gravidez pode ser comparado ao uso de medicamentos proibidos durante a gestação.

O apoio ao movimento da SAFTHON vem crescendo e obtendo apoio de empresas de bebidas alcoólicas, hotéis e restaurantes e na mídia, que procuram conscientizar sobre o uso do álcool na gravidez.

Ressaltou também a importância do governo do Brasil trabalhar com políticas públicas sobre a SAF. É essencial que não só o governo, como profissionais da saúde, educação e assistência social, trabalhe com a conscientização dos malefícios causados pelo consumo do álcool na gravidez.

Uma carta da SAFTHON assinada por 700 autoridades da saúde, assistência social, educação e políticos, está sendo enviada para todos os países, será traduzida por José Mauro e encaminhada para Glaucia e todos envolvidos, tornando Ribeirão Preto um dos primeiros municípios a assinar esta carta internacional de enfrentamento, prevenção e conscientização da SAF.

O evento pode ser acompanhado por profissionais de Ribeirão Preto e região, presencialmente e virtualmente.

A íntegra poderá ser acessada através do link:

https://www.youtube.com/watch?v=DBilnRNNx5s

Texto: Silvia Morais (MTB 77105/SP)

Fotos: Thaisa Coroado (MTB 50170/SP)