A Câmara Municipal de Ribeirão Preto realizou durante esta semana eventos em homenagem ao educador Paulo Freire.
A iniciativa é do Coletivo Popular Judeti Zilli (PT) que proporcionou três dias de debates e palestras com os temas:
- Testemunho da práxis Freiriana: outras educações e pedagogias possíveis
- Razões para estudar Freire para além do mais óbvio: Utopias e esperanças
- Fertilizar e semear a educação popular, educando para a cidadania global e planetária, refazendo o caminho cuidando da terra.
Durante toda a semana participaram profissionais da área da educação, assistência social e estudantes, ressaltando a importância do legado de Paulo Freire.
O educador brasileiro e criador do método inovador no ensino da alfabetização para adultos, nasceu em 1921 e faleceu no ano de 1997. Seu método foi levado para diversos países.
Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi acusado de agitador e levado para a prisão onde passou 70 dias. Em seguida, após ser libertado, se exilou no Chile.
Durante cinco anos desenvolveu trabalhos em programas de educação de adultos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária.
Em 1969, Paulo Freire lecionou na Universidade de Harvard. Durante dez anos, foi consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Municipal das Igrejas, em Genebra, na Suíça.
O educador viajou por vários países dando consultoria educacional.
Autor de vários livros, destacam-se Educação Como Prática da Liberdade, Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da autonomia.
Por seu trabalho na área educacional, Paulo Freire foi reconhecido mundialmente. Ele é o brasileiro com mais títulos de Doutor Honoris Causa de diversas universidades. Ao todo são 41 instituições, entre elas, Harvard, Cambridge e Oxford.
Retornou ao Brasil em 1980 com a anistia, e foi professor em algumas universidades além de ocupar o cargo de secretário da Educação da cidade de São Paulo.
Durante o ciclo de eventos foram homenageados professor José Eugênio kaça, professora Romilda Moura, professora Adria Maria Bezerra Ferreira e os familiares da professora Júlia Mano, que faleceu vítima da Covid-19.
Além das palestras houve exposição de arte e apresentações de música, cordel e vídeos com depoimentos de estudantes.
Texto: Silvia Morais (MTB 77105/SP)
Fotos: Thaisa Coroado (MTB 50170/SP)/Allan S. Ribeiro (MTB 0081231/SP)
Galeria de fotos: https://www.facebook.com/camararibeirao/?ref=page_internal