Fotos: Aline Pereira / Texto: Marco Aurélio Tarlá
A Comissão Especial de Estudos da avenida Nove de Julho reuniu-se na tarde desta quinta-feira, 28 de novembro. A CEE visa encontrar soluções para o trânsito de veículos pesados, principalmente no trecho entre a rua Amador Bueno e Avenida Independência.
Os vereadores ouviram Anderson Polverel, presidente do Conppac - Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto.
Polverel explicou que após o tombamento da avenida foi realizado estudo que constatou a necessidade maior de preservação dos paralelepípedos, pedras portuguesas, árvores e limitação do gabarito na construção de prédios altos em determinado trecho.
Disse que o Conppac tem as funções de realizar estudos e declarar a relevância histórica. Para ele, a Nove de Julho está negligenciada há anos pelo Poder Público, sendo a causa para o órgão ter questionado a prefeitura sobre as questões viárias e trânsito de veículos pesados.
"Desde que foi tombada não teve nenhuma intervenção na Nove de Julho, sequer de manutenção do próprio municipal e dos paralelepípedos. Não houve ação decisiva do Poder Público a fim de preservar".
Afirmou também que a prefeitura fez pedido de estudo sobre a mobilidade urbana, e o Conppac respondeu solicitando análise sobre a retirada dos veículos pesados, que são os causadores do afundamento dos paralelepípedos. O projeto para a Nove de Julho elaborado pelo Executivo apresenta falhas quanto à criação de ciclovias e rebaixamentos na via para adequação das pessoas com deficiência.
O vereador Elizeu Rocha (Progressistas) reiterou que a prefeitura deve aguardar o resultado da comissão de estudos da Câmara, da aprovação do Conppac, Promotoria Pública e outros órgãos para a tomada de decisões. Encerrou os trabalhos lembrando a importância da preservação da história de Ribeirão Preto, e a necessidade de novas discussões para viabilizar a retirada dos veículos pesados da avenida.