O vereador Elizeu Rocha (Progressista) reinstalou na tarde desta quinta-feira, 10 de junho, a Comissão Especial de Estudos Avenida Nove de Julho, cujo objetivo é discutir e apurar possíveis alternativas para o trânsito de veículos pesados (ônibus e caminhões) na referida avenida.
Os vereadores Brando Veiga (Republicanos) e Gláucia Berenice (DEM) acompanharão os estudos da CEE como membros.
A CEE foi instalada inicialmente em 2019, quando ouviu representantes do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto (Conppac) e da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACI-RP). Regimentalmente ao fim de toda legislatura, as comissões são automaticamente arquivadas, desta forma Elizeu realizou a reinstalação da comissão para continuar os trabalhos incluindo além do trânsito, a reforma e recuperação da avenida e canteiro central, tendo em vista as obras do Pac realizadas em Ribeirão Preto.
A Avenida
A Avenida Nove de Julho foi inaugurada em 1922 sob a denominação de Av. Independência. O nome "Avenida Independência" foi escolhido para homenagear o Centenário da Independência do Brasil. O projeto da avenida foi idealizado pelo então Prefeito Municipal João Rodrigues Guião em 1921. Através do Ato nº 60, de 25 de julho de 1934, a Avenida passou a denominar-se Nove de Julho, nome este ratificado pelo Ato nº 75 de 05 de setembro de 1939.
No ano de 1949, a avenida Nove de Julho foi calçada com paralelepípedos entre as ruas Barão do Amazonas e Cerqueira César; neste mesmo ano foram plantadas 40 árvores (Sibipirunas).
Durante a década de 1960 a avenida abrigou algumas das principais mansões de propriedade da elite econômica da cidade; posteriormente em função de sua posição privilegiada (vetor sul da cidade) consolidou-se como um importante setor bancário.
O tombamento da avenida correu em 2008, sendo a extensão do trecho preservado com início na rua Amador Bueno, seguindo até o cruzamento com a avenida Independência. Outros elementos paisagísticos tombados são: o piso das calçadas de mosaico português do canteiro central e as árvores da espécie Sibipiruna.
Texto: Silvia Morais (MTB 77105/SP)
Fotos: Allan S. Ribeiro (MTB 0081231/SP)