Fotos: Allan S. Ribeiro
A Comissão Especial de Estudos que trata da ocupação e destinação do Lar Santana realizou encontro na tarde desta segunda-feira, 11 de março. Compareceu a convite a Secretária da Cultura, Isabella Pessotti.
O vereador Alessandro Maraca, presidente, fez resgate dos acontecimentos que envolvem o prédio em questão. Lembrou que foram feitas visitas ao local e organizadas audiências públicas para conhecimento da situação, que se agravou ao longo do tempo. Disse também que por advento das audiências algumas entidades solicitaram parcerias para uso do prédio, incluindo projetos arquitetônicos consistentes. Mas que por proposta da Secretaria da Casa Civil, o prédio alocaria Secretaria da Saúde e Administração Regional da Vila Tibério, projeto que não vingou. Cogitou-se também a Secretaria da Educação no local, que por motivos financeiros também declinou.
"O que nós queremos é que o prédio seja utilizado de forma salutar. E acreditamos hoje que o melhor é a transferência do Arquivo Público e acervo do MIS (Museu da Imagem e do Som) pra lá", afirmou Maraca.
Isabella contou um pouco da história do Lar Santana e disse concordar que por diversos fatores o local deva ter utilidade cultural. Informou que o projeto apresentado pela entidade "Amigos do Arquivo" para instalação do Arquivo Público e MIS, estava em torno de 12 milhões aos cofres públicos para as restaurações necessárias, verba que não dispõe. O aluguel do prédio onde está atualmente o acervo do Arquivo Histórico está em torno de 12 mil reais por mês.
"Apesar de concordar que o Lar Santana seria o local ideal, nós percebemos que há muito o que se fazer no prédio. Não é uma reforma qualquer, é preciso um restauro estrutural, com reforço das paredes. O local precisa estar qualificado para abrigar esse tipo de acervo, até pela questão da umidade e outras condicionantes que o tornem seguros", disse a secretária.
Segundo Isabella esta é a razão pela qual o prédio da Avenida Francisco Junqueira, que também foi cogitado para abrigar o arquivo, não é adequado estruturalmente.
Os vereadores querem ouvir agora o secretário de Planejamento, Edsom Ortega. "Ainda que o secretário esteja ocupado, nós gostaríamos muito de ouvir um representante da pasta. Os moradores da Vila Tibério merecem a preservação de seu patrimônio", concluiu Maraca.
Por Marco Aurélio Tarlá
