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CPI da Cidade Limpa ouve depoimento do coordenador da CPPU

Foram ouvidos dois funcionários da Secretaria da Fazenda, responsáveis pela aplicação da lei
CPI da Cidade Limpa ouve depoimento do coordenador da CPPU

Por: Silvia Morais - Fotos: Aline Pereira

A Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar eventuais práticas ilegais cometidas contra a Fazenda Municipal por alteração da Lei 12.730/12, ouviu na tarde desta quarta-feira, 03 de junho, dois servidores municipais lotados na Secretaria da Fazenda de Ribeirão Preto.

Obedecendo as medidas de segurança para evitar a disseminação do COVID-19, a reunião foi realizada remotamente, através de videoconferência, presente no plenário somente o presidente da CPI, vereador Boni (Podemos), e os dois depoentes.

Inicialmente Boni colocou em aprovação a alteração de membros. Com o afastamento da vereadora Gláucia Berenice (DEM), a relatoria será do vereador Marcos Papa (Cidadania). A modificação foi aprovada pelo membro, Jorge Parada (PT). , Rodrigo Simões (PSDB) e Renato Zucoloto (Progressista).

O primeiro a ser ouvido foi Marcos Furquim, agente de fiscalização da Secretaria da Fazenda a cerca de 35 anos, atualmente ocupando o cargo de diretor do Departamento de Tributos Imobiliários a quase três anos e coordenador da SPPU, Supervisão da Proteção da Paisagem Urbana, que é o órgão específico para cuidar da Lei Cidade Limpa. Em seguida os vereadores ouviram Dorival Carlos de Oliveira, assistente jurídico tributário da Secretaria da Fazenda, servidor a cerca de oito anos.

Durante o depoimento, Furquim explicou que entre outras responsabilidades, o SPPU é responsável em fornecer  os pareceres em leis que envolvam a Cidade Limpa. Porem não foi emitido nenhum parecer na elaboração do projeto de lei 156/19 que gerou a Lei 14.393/19, retirando do município a responsabilidade sob os painéis instalados em trechos de rodovias consideradas urbanas.

Sobre as irregularidades encontradas pela fiscalização responsável, o depoente explicou que assim que são notificadas as empresas judicializam deixando o órgão sem ação legal, e continuam explorando o local de forma irregular até o fim do processo que pode demorar mais de seis anos para ter uma sentença.

A presença dos depoentes, ou qualquer outro representante da SPPU, e Secretaria da Fazenda nas audiências públicas que foram feitas anteriormente a aprovação da lei em questão, os dois depoentes responderam negativamente.

Os vereadores obtiveram a confirmação que tributos antes direcionados à Prefeitura, deixaram os cofres da cidade após a modificação da lei, e a fiscalização de outdoors instalados às margens das rodovias que cortam a cidade já não é competência da prefeitura, assim como a responsabilidade por qualquer acidente que venha a ocorrer. Mas não souberam responder precisamente quem vem desempenhando este papel.

A CPI irá convocar representantes das concessionárias responsáveis pelas rodovias que cortam o município.

Acompanharam a reunião além dos vereadores que compõem a CPI, os vereadores Rodrigo Simões (PSDB) e Renato Zucoloto (Progressista). Mauricio Gasparini (PSDB).