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CPI da Eutanásia recebe representante de empresa contratada para a CBEA

Vereadores questionaram eutanásia em cavalo e dispositivos do contrato com a prefeitura
CPI da Eutanásia recebe representante de empresa contratada para a CBEA

Fotos: Allan S. Ribeiro

Os vereadores da CPI da Eutanásia realizaram, na tarde desta terça-feira (11), reunião na sala de Comissões do legislativo. Marcos Papa (Rede) - presidente e os membros Adauto Marmita (PR), Jean Corauci (PDT) e Paulo Modas (PROS), ouviram o veterinário Ricardo de Almeida Souza, proprietário da Clínica Veterinária Ricardo, empresa contratada pela Prefeitura para recolher animais de grande porte soltos em vias públicas.

Ricardo foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a eutanásia realizada em um cavalo no bairro Branca Salles, há três semanas, por um motorista da clínica, sem supervisão de veterinário. 

Papa leu parte da Resolução que obriga a participação de profissional na supervisão ou execução de eutanásia animal.  Ricardo disse que foi intimado e está em debate com o CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) sobre a obrigatoriedade ou não da presença do veterinário no ato da eutanásia e possíveis interpretações da Resolução. Informou que não foi consultado sobre a realização do procedimento no cavalo em questão, e que a eutanásia foi autorizada pela coordenadora Carolina Vilela.

Ricardo contou também que a relação da empresa com a Coordenadoria está abalada depois do fato, e que a contratada foi ameaçada pela coordenadora da CBEA de rompimento do contrato com nova licitação a ser realizada no ano que vem. Segundo ele, os relatórios de serviços da empresa dos últimos dezessete meses foram assinados pela coordenadora sem quaisquer problemas, e todos os trabalhos  executados foram autorizados por ela. Papa se preocupa. "A Secretaria de Negócios Jurídicos tem que estar atenta para que essa contenda entre empresa contratada e Coordenadoria de Bem Estar Animal não gere eventuais prejuízos para o bolso dos contribuintes de Ribeirão Preto em eventuais disputas judiciais", afirmou o vereador.

Os parlamentares questionaram também sobre itens pontuais do contrato, como prazos para atendimento, procedimentos em resgates, telefones de plantões e relatórios de serviços. Papa lembrou que há acusação por parte da prefeitura de que a empresa demorou para realizar o atendimento ao cavalo. Ricardo nega. "Uma ou duas horas pode ter sido, mas quatro dias como estão dizendo é impossível, eu duvido que me provem", afirmou o veterinário.

Ao final do encontro a comissão abriu espaço para que ativistas da causa animal fizessem questionamentos e ponderações a respeito da situação de eutanásias na cidade e determinações do contrato com a prefeitura.

Por Marco Aurélio Tarlá