Os vereadores que compõem a CPI que investiga a situação dos trabalhos de tapa-buracos nas ruas de Ribeirão Preto se reuniram no plenário da Câmara na manhã desta sexta-feira, 25 de março. O secretário da Infraestrutura, Carlos Eduardo Nascimento Alencastre, esteve presente para falar sobre o tema e responder às perguntas dos vereadores da comissão.
O presidente, vereador Alessandro Maraca (MDB), iniciou destacando os trabalhos da comissão, mais precisamente uma diligência realizada para fiscalizar o serviço realizado pela prefeitura e também de uma empresa terceirizada. À época, os membros da comissão constataram algumas irregularidades, como a ausência do uso de normas técnicas, tais como: recorte, limpeza, material em temperatura apropriada e compactação, que garantam a melhor qualidade do serviço.
Na sequência, foi a vez dos vereadores Paulo Modas (PSL) e Bertinho Scandiuzzi (PSDB), que também destacaram a falta de qualidade do serviço, gerando desperdício de material e custo ao erário público.
A vereadora Duda Hidalgo (PT) levou dados de uma pesquisa que mostrou a insatisfação da população em relação ao asfaltado da cidade, corroborando com os trabalhos da comissão.
Alencastre iniciou sua participação ao falar que o serviço tapa-buraco é emergencial. Frisou que a pavimentação de muitas ruas da cidade é antiga, o que corrobora para uma maior deterioração do asfalto e dificuldade maior para a realização do recape.
Segundo o secretário, são duas empresas envolvidas nos trabalhos: uma é responsável pelo recorte, retirada da massa, aplicação do material e compactação e a outra realizava os remendos de forma emergencial, em pequenos buracos. Hoje em dia esse trabalho é feito pela equipe própria da prefeitura.
O vereador Paulo Modas questionou sobre a fiscalização do trabalho, já que durante a diligência realizada na Via Norte foi constatado pela Comissão que as marcações eram maiores do que o tamanho dos buracos. O secretário relatou que hoje esse trabalho é realizado pela prefeitura, tanto a marcação quanto a fiscalização, para que não haja qualquer tipo de irregularidade.
Durante a reunião, foi apresentado vídeo de um micro ônibus realizando a compactação asfáltica, além de fotos contrapondo as apresentadas pela secretaria, mostrando serviços de péssima qualidade, com o remendo se desfazendo. O secretário disse que o trabalho realizado com o micro ônibus não é adequado, sendo orientados a utilização dos equipamentos adequados para o trabalho. A secretaria solicitou o vídeo para a tomada das devidas providências.
Texto: Paulo Bahia (MTB 52189)
Fotos: Allan S. Ribeiro (MTB 0081231/SP)