Era por volta das 8:30 da manhã desta terça-feira, 3, quando o caminhão da empresa Estre Ambiental subiu de ré a Rua Japurá, na altura do número 1481.
"Eu vi que era um caminhão de lixo, ele subiu a rua de ré".
A manobra, relatada pela moradora Silvana Trevizani já seria irregular, mas o que veio depois foi ainda pior.
Funcionários da empresa, responsável pela coleta de resíduos sólidos na cidade, despejaram vários objetos num terreno baldio que fica nos fundos de uma empresa de bebidas. O local já é conhecido pelo descarte irregular de lixo, tanto que na semana passada a prefeitura havia feito uma limpeza na área.
Porém, quem deveria limpar, agora estava sujando. Vários objetos foram jogados do caminhão, incluindo um sofá.
A ação foi rápida, mas acabou sendo filmada por uma moradora de um prédio vizinho e chegou rapidamente ao conhecimento do vereador e presidente da Câmara, Isaac Antunes (PL).
O parlamentar foi ao local, conversou com moradores e descobriu que essa não é a primeira vez que caminhões que prestam serviço para a prefeitura fazem essa manobra.
De posse das informações, Isaac já protocolou um pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
"É inadmissível que a cidade pague para ser sujada pela empresa que deveria prestar o serviço de limpeza. Um contrassenso que não vamos admitir. Por isso, de posse das informações e depoimentos, pedi a abertura da CPI para investigar a empresa e também quem está fiscalizando o serviço" – afirmou o vereador.
Além do requerimento da CPI, um documento solicitando informações junto da Secretaria de Infraestrutura, responsável pelo contrato com a Estre, foi protocolado. Nele o vereador quer saber, por exemplo, o itinerário de todos os caminhões da empresa nos últimos 30 dias, - rastreamento por geolocalização de cada veículo que esteve empenhado na coleta de resíduos e a relação de todos os relatórios feitos pelos fiscais do contrato com a empresa nos últimos dois anos.
O presidente do Legislativo ainda anexou as fotos, vídeos e depoimentos recebidos ao documento.
"Eu vou investigar a fundo essa e outras denúncias que virão. A cidade investe mais de 80 milhões de reais nesse serviço. É dinheiro público e precisa ser respeitado" – finalizou.
