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Filas do SUS são debatidas em Comissão de Estudos na Câmara

Em mais uma reunião vereadores ouvem profissionais que vivenciam a rotina do Sistema Único de Saúde
Filas do SUS são debatidas em Comissão de Estudos na Câmara

Fotos: Aline Pereira

A Comissão Especial de Estudos que avalia a situação das filas do SUS se reuniu na tarde desta quinta-feira, 1° de março, na sala de comissões do legislativo. Em mais uma reunião de oitivas, foram ouvidas profissionais qualificadas e com experiência no Sistema Único de Saúde. Desta vez, os vereadores convidaram a professora Adriana Mafra Brienza, enfermeira do SUS com doutorado em Saúde Pública, a professora Maria do Carmo Caccia-Bava, mestre e doutora em Saúde Pública e a médica Sonia Mara Neves Ferri, mestre e doutora em Saúde Pública.

O vereador Marcos Papa (REDE), presidente dos trabalhos, lembrou que a comissão já realizou oitiva com os lideres comunitários das UBSs e UBDSs, e foi constatado que os profissionais que atendem nos postos de saúde não são adequadamente treinados para explicar aos usuários como funciona a lei que dá publicidade à lista de espera de consultas, exames e cirurgias.

Nas oitivas de hoje, os vereadores confirmaram que a população sofre com a baixa resolubilidade na atenção primária, causando filas nas especialidades. Agora a constatação é que o sistema de tecnologia da informação do município não está integrado quando se trata de regulação médica, de encaminhamento de guias e demais procedimentos na área da saúde. "Isso deve ser resolvido com urgência. A população precisa de um sistema de tecnologia da informação integrado para que os procedimentos estejam interligados e os atendimentos sejam eficientes", comentou Papa. Para o parlamentar as questões financeiras que envolvem a cidade atualmente não afetam os investimentos para a obtenção deste recurso. "O problema não é falta de dinheiro, porque a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto gasta em torno de 25% do orçamento, mais do que determina a lei federal", conclui.

Mais uma questão abordada na reunião é que os moradores e trabalhadores do Centro não contam com uma Unidade Básica de Saúde, e a região recebe pessoas de todos os bairros da cidade. A comissão está elaborando um apontamento de soluções para todas as questões levantadas pelos técnicos nas oitivas, e a agenda de trabalhos será disponibilizada nos canais de comunicação da Câmara Municipal.

Por Marco Aurélio Tarlá