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Reunião na Câmara apresenta estudo sobre tarifa em Ribeirão Preto

Especialistas da Fipe e diretores do Consórcio PróUrbano debatem caminhos para reequilibrar o sistema de transporte coletivo buscando melhorar o serviço prestado para a população
Reunião na Câmara apresenta estudo sobre tarifa em Ribeirão Preto

Por: Assessoria Marinho Sampaio - Foto: Aline Pereira

 

O valor da tarifa do transporte coletivo em Ribeirão Preto foi tema de reunião pública realizada na Câmara na tarde desta terça-feira, dia 23. O encontro foi organizado pelo vereador Marinho Sampaio e contou com a presença de especialistas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e diretores do Consórcio PróUrbano.

Os professores Rodrigo de Losso da Silveira Bueno e Felipe Sande Cruz Mattos Filgueiras apresentaram estudo sobre o contrato de concessão e variáveis que influenciam no custo do transporte de ônibus para os passageiros. “Há muitos pontos de desequilíbrio financeiro no contrato mas apenas elevar a tarifa não é a melhor alternativa já que reduz a demanda que está em queda. De cada cinco passageiros transportados apenas um paga o valor integral, dois pagam metade e dois têm a gratuidade”, explicou Felipe.

De acordo com os diretores do PróUrbano, que responderam perguntas dos vereadores presentes, a diferença entre o total de passageiros projetado no início da concessão e o que de fato usa o serviço é de 30% a menos. “Buscamos gerir um sistema de transporte moderno, mais eficiente e com preço acessível. Mas se não houver equilíbrio no contrato não é possível manter, o serviço entra em falência”, analisou Roque Felício Netto, presidente do PróUrbano.

Marinho Sampaio destacou o exemplo do município de São Paulo onde a ajuda financeira da Prefeitura permite uma tarifa menor para os usuários. “São mais de dois reais subsidiados por passageiro, soma de quase R$ 3 bilhões por ano, igual todo orçamento de Ribeirão Preto. Precisamos discutir qual a alternativa pode ser adotada junto ao Executivo para manter a qualidade do serviço prestado com preço justo”, frisou o vereador.

Entre as alternativas apresentadas pela FIPE para evitar novos reajustes da tarifa e até possibilitar a redução do custo estão redução de impostos, implantação de corredores de ônibus e outras medidas de incentivo ao transporte coletivo, subsídio da administração municipal e reavaliação de da integração entre linhas de forma escalonada.

Também estiveram presentes Gustavo Menta Vicentini, gestor do consórcio; Paulo Braga, coordenador jurídico do PróUrbano, assessores representantes de vereadores que não puderam comparecer e munícipes. A Câmara pretende realizar outras discussões para debater o tema, contratar consultoria para ajudar na análise da concessão e cobrar do Executivo medidas que otimizem o serviço.