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Saúde em debate: médico e usuários do SUS são ouvidos em Comissão na Câmara

Qualidade dos materiais e sistema de trabalho preocupam parlamentares
Saúde em debate: médico e usuários do SUS são ouvidos em Comissão na Câmara

Fotos: Allan S. Ribeiro

Na tarde desta quinta-feira (29), a Comissão de Estudos que avalia a situação das filas do SUS, colheu depoimentos de médico e usuários dos serviços de saúde. Participaram, além do presidente Marcos Papa (REDE), os vereadores André Trindade (DEM), Luciano Mega (PDT) e Nelson das Placas (PDT).

A forma como são realizados os procedimentos e a burocracia que impede a solução dos casos na Secretaria da Saúde preocuparam os vereadores. "Os médicos afirmaram que muitos procedimentos são feitos em papéis, isso é obsoleto em uma cidade que vai arrecadar 3 bilhões de reais. Dinheiro tem, o que preocupa é a gestão", declara Papa. Outra questão que se apresenta urgente é a qualidade dos materiais adquiridos pela Secretaria. Os vereadores ouviram e receberam da usuária Cássia Aparecida Beraldo, amostra de seringa fornecida em posto de saúde. "Sou diabética, pego agulha e seringa de péssima qualidade no posto", afirma.

O médico do Núcleo de Saúde da Família, Eduardo Fernando Gonçalves, comentou sobre  a situação das filas nos atendimentos e opinou sobre melhorias. "Precisamos de investimento na qualificação da atenção primária. Temos que trabalhar com equipe eficiente na promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação na atenção básica", afirma o médico que ressaltou a necessidade de contratação de efetivo, além da valorização e condições de trabalho adequados. "Isso demanda investimento e vontade política pra fazer", finaliza.

Após os depoimentos, o vereador presidente dos trabalhos comentou a hipótese de instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar e apurar responsabilidades na gestão da Saúde na cidade. "Fica evidente que a Secretaria da Saúde de Ribeirão necessita urgente de uma intervenção profunda com reforma administrativa", conclui Papa.

Por Marco Aurélio Tarlá