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Semana Nacional de Prevenção da Gravidez é discutida na Câmara

A Câmara Municipal, através da vereadora Gláucia Berenice realiza eventos durante Semana Nacional de Prevenção
Semana Nacional de Prevenção da Gravidez é discutida na Câmara

Texto: Assessoria/Silvia Morais - Fotos: Allan S. Ribeiro

Entre os dias 01 a 08 de fevereiro é realizada a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, e em Ribeirão Preto organizado pela vereadora Gláucia Berenice (DEM), a semana traz entrevistas, seminários e programação especial, todos voltados ao tema.

Em razão da pandemia, em 2021 não serão realizadas as rodas de conversa e orientação presencial nas escolas e núcleos comunitários.

A vereadora protocolou projeto na Câmara inserindo a semana no Calendário Oficial do Município, o projeto segue tramitando e em breve deverá vir à discussão em plenário.

Na última quarta-feira, participando do Programa Ponto de Encontro da TV Gláucia apresentou os números casos de gravidez adolescente nos últimos anos em Ribeirão Preto. Nos últimos quatro anos, quase 200 adolescentes de 10 a 14 anos ficaram grávidas. Entre as jovens de 15 a 19 anos, cerca de 900 se tornaram mães somente em 2020. Apesar dos números oficiais altos, a tendência das ocorrências é de queda nos anos analisados. Os números foram retirados do Sistema de Coleta e Análise de Estatísticas Vitais (SICAEV) disponíveis na página da Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto. Porém, não há estimativas de abortos provocados ou espontâneos e nem se a gravidez é resultante de algum tipo de violência, como estupro, assédio ou exploração sexual. “Evidentemente há casos em que a gravidez é fruto de um relacionamento, mas em qualquer situação, é preciso que se diga, que a relação sexual com menor de 14 anos, mesmo consentida, é crime de estupro de vulnerável”, destacou.

Outro dado relevante apresentado pela vereadora durante a entrevista é que a maioria das adolescentes tem somente sete anos de estudo, no máximo.

As advogadas Luciana Remolli e Marina Dias, relataram durante o programa  experiências como mães adolescentes, a partir dos 14 e 11 anos respectivamente. Entre as diversas dificuldades de uma gravidez não planejada, foi destacada por ambas a falta de maturidade para enfrentar um casamento, o preconceito sentido a partir da constatação da gravidez e o afastamento das atividades sociais.

Luciana que engravidou aos 14 anos ainda se sente privilegiada por que teve o apoio da família, “Eu tive esse privilégio. Eu dei certo, mas sabemos que a realidade da maioria das adolescentes não é assim”. Ao mesmo tempo sabe que sua vida teria sido diferente “Eu tinha outro sonho que, realmente, deixei de vivê-lo. Mudei toda a minha vida”.

Segundo Marina Dias, que engravidou aos 11 anos, o apoio da família e a comunidade escolar que não a deixou abandonar os estudos foram essenciais naquele momento. “Deixamos de ser um exemplo para a comunidade”, frisou. Segundo ela ressaltou A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 18% dos nascimentos no país são de bebês de mães adolescentes, em números cerca de 500 mil no Brasil e até 18 milhões de casos por ano no mundo. “Deixamos de ser um exemplo para a comunidade”, frisou.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) foram apresentados por Marina, estima-se que 18% dos nascimentos no país são de bebês de mães adolescentes, em números cerca de 500 mil no Brasil e até 18 milhões de casos por ano no mundo.

Nesta sexta-feira, a semana de prevenção continua com a participação da educadora e pediatra Marina Silveira de Freitas, a partir das 10 horas com transmissão ao vivo pela TV Câmara e redes sociais.