Na manhã desta segunda-feira, 23 de maio, a Comissão Permanente de Seguridade Social - Saúde, Previdência e Assistência Social ouviu a superintendente do SASSOM – Serviço de Assistência de Saúde dos Municipiários, para falar a respeito do credenciamento de operadora de saúde.
A reunião foi conduzida pelo presidente da comissão, Bertinho Scandiuzzi (PSDB), e teve a participação dos membros Brando Veiga (Republicanos) e Elizeu Rocha (PP). O presidente da Câmara, Alessandro Maraca (MDB), e os vereadores André Rodini (Novo), Coletivo Popular Judeti Zilli (PT), Jean Corauci (PSB) e Renato Zucoloto (PP) também acompanharam a oitiva.
Com um estudo atuarial, a superintendente afirmou que a legislação do Sassom é antiga e não acompanha as mudanças. Com cerca de 20.000 vidas, sendo quase 5.000 isentas por serem dependentes, e para não aumentar a arrecadação no momento pandêmico, e não alterar a legislação, o credenciamento de uma operadora era a única opção no momento.
Mesmo com uma redução de custo de R$1.500.000,00 para R$900.000.00 e um parcelamento da dívida fundada com a prefeitura em 12 vezes, ainda assim optaram pelo credenciamento.
Conforme a superintendente, a vantagem do credenciamento é que a operadora de saúde é regulamentada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), diferente do Sassom, que não é um convênio, trazendo maior vantagem ao servidor.
Com um cálculo realizado, chegou à conclusão que o valor de R$ 276,92 por vida, seria o ideal para oferecer no edital para a credenciadora, mas conforme Tássia esclareceu, apenas uma operadora manifestou interesse no credenciamento.
A falta de diálogo com os servidores, buscando outras alternativas como o reajuste de contribuição, e com isso até uma melhora nos serviços que ocasionaria talvez o retorno dos cerca de 3.000 servidores que saíram do Sassom judicialmente, foi um dos questionamentos feitos pelo vereador Jean.
Sobre o aumento da contribuição, Tassia explicou que é um dos caminhos, se a opção for essa.
“Faltaram algumas coisas no andamento nisso tudo, talvez a mais importância foi a transparência e comunicação” lamentou Maraca. “Fica aqui nossa solicitação para que o Sassom consiga se comunicar com o servidor de forma mais clara”.
Tássia afirmou em diversos momentos que o Sassom tem déficit mensal, e que no modelo atual não conseguirá honrar os compromissos.
“Muito nos incomoda o fato de que o Sassom dá prejuízo à prefeitura hoje, como a operadora vai atender tantas famílias com o custo que tem? Nós não acreditamos nisso” argumentou Judeti Zilli.
A superintendente afirmou que estará presente na reunião da Comissão Especial de Estudos do Sassom no dia 25 de maio.
Texto: Silvia Morais (MTB 77105/SP)
Fotos: Thaisa Coroado (MTB 50170/SP)