Transporte público na pandemia foi o assunto discutido pela Comissão Especial de Estudos das verbas da Covid, cujo objetivo é analisar a gestão e as prioridades empregadas no uso de verbas municipal, estadual e federal, destinadas ao combate da pandemia de Covid-19 no município de Ribeirão Preto, durante reunião realizada nesta terça-feira, 03 de agosto.
A reunião realizada em formato híbrido, foi conduzida pelo presidente da CEE, Sergio Zerbinato (PSB), e acompanhada pelos vereadores e membros da comissão, Duda Hidalgo (PT) e Jean Corauci (PSB), recebeu a secretária adjunta da Secretaria Municipal da Administração, Adriana Carvalho, o diretor de transporte da Transerp, José Mauro de Araújo, representante do consórcio PróUrbano, Gustavo Vicentini e o secretário geral do Sindicato dos Empregados do Transporte Urbano, Marcelo da Silva. Também participou da reunião a vereadora Coletivo Popular Judeti Zilli (PT).
Foi esclarecido aos vereadores sobre os aportes cumprindo a legislação e também sobre o subsídio 
repassado ao consórcio relacionado a gratuidade do transporte de estudantes. Não houve destinação de “verba Covid” para o transporte urbano, segundo Adriana.
O déficit orçamentário foi explicado pela redução de usuários durante a pandemia. E a redução da frota, causando por vezes a lotação dos ônibus, foi explicado tanto pelo representante da Transerp quanto pelo da PróUrbano, que as adequações são realizadas diariamente conforme a demanda dos usuários. Com determinação de transportar somente 60% da capacidade de cada veículo, orientando os motoristas a não autorizar o embarque de passageiros quando a lotação chegar no limite.
O presidente da CEE lembrou diversas leis aprovadas pela Câmara a respeito de protocolos no combate ao Covid-19, e Gustavo explicou que as higienizações dos ônibus estão mais intensas assim como nos terminais. A reposição de sabão para usuários nos terminais é realizada com maior frequência e também é oferecido álcool em gel para os motoristas. E quando questionado pela 
vereadora Duda sobre a disponibilidade de álcool para usuários dentro dos ônibus, a justificativa é que por se tratar de produto inflamável, não é seguro manter o produto dentro dos veículos.
As campanhas realizadas em terminais em parceria com o Fundo Social de Solidariedade, oferecendo um kit com máscara e álcool em gel, foi lembrada pelo diretor da Transerp, tendo o objetivo de realizar semanalmente essa abordagem.
O representante do sindicato informou que durante o período da pandemia houve mais de 50 casos positivados entre os funcionários do transporte urbano e desses, cinco resultaram em óbito. Também informou que não houve em nenhum momento a testagem em massa desses profissionais.
As autuações feitas pela Transerp ao consórcio já ultrapassam 300 somente no ano de 2021, embora o consórcio recorra dessas autuações, nem todas se transformam em penalizações, conforme explicou José Mauro.
Foi deliberado pelos vereadores que será encaminhado ofício à Transerp solicitando informações sobre as autuações efetuadas ao consórcio. E um outro ofício para a Secretaria Municipal de Administração com os cálculos de contrato apresentados pela PróUrbano e pela Transerp.
Texto: Silvia Morais (MTB 77105/SP)
Fotos: Thaisa Coroado (MTB 50170/SP)
