Início do Conteúdo

Vereadores retomam os trabalhos da CEE do Bom Prato

Após descumprimento de prazos por parte do Governo, parlamentar decidiu desarquivar a Comissão
Vereadores retomam os trabalhos da CEE do Bom Prato

Por: Assessoria Igor Oliveira - Foto: Allan S. Ribeiro

 

A Comissão Especial de Estudos do Bom Prato está de volta. Mas dessa vez com um propósito diferente: fiscalizar a implantação da segunda unidade do restaurante na rua Capitão Pereira Lago, no bairro Monte Alegre.

A decisão de retomar os trabalhos partiu do vereador Igor Oliveira.

Segundo Igor, a missão dessa segunda etapa é diferente da primeira.

Em 2017 nós batalhamos muito para trazer a segunda unidade. Fizemos várias diligências, ouvimos autoridades relacionadas ao assunto, conseguimos em um prazo de 20 dias mais de 40 mil assinaturas para o abaixo-assinado em prol da causa e em novembro de 2017, nove meses após a abertura da CEE, a população foi agraciada com a notícia da vinda do restaurante. Agora o foco é outro! Nossa intenção é acompanhar a implantação. Queremos detalhes sobre o prazo de entrega já extrapolado duas vezes e principalmente os custos da obra até o momento – disse Igor.

O requerimento para o desarquivamento foi votado na sessão ordinária dessa quinta-feira e aprovado por unanimidade.

Ao todo foram 248 dias de trabalho na primeira fase da Comissão que terminou em dezembro após o anúncio do Governo do Estado, sob o comando do então governador Geraldo Alckmin, anunciar a segunda unidade em 24 de novembro de 2017.   

O trabalho, que contou com a participação dos vereadores Igor Oliveira, Jean Corauci e Adauto Marmita, listou uma série de documentos que comprovaram a viabilidade da construção (desde que fora do terreno que compreende o Hospital) e a necessidade de uma alimentação mais adequada por parte dos pacientes do Hospital das Clínicas.

De acordo com o relatório, naquele ano passado o Hospital atendeu mais de 700 mil pessoas.

Mais de 40 mil assinaturas conseguidas junto da população e anexadas ao processo. Outro feito da CEE foi a doação, por parte da Universidade de São Paulo, de um terreno para a construção do Bom Prato. A área fica na rua Tenente Catão Roxo, próxima do novo estacionamento construído pelo HC.

Porém, o local foi ignorado e um salão foi apresentado pelo prefeito Duarte Nogueira como viável para a instalação do restaurante. O fato não agradou os membros da comissão que prontamente se manifestaram contra a decisão. O local escolhido fica a mais de um quilômetro do HC e dificulta o acesso dos pacientes. Outras possibilidades para a implantação também foram apresentadas pela CEE do Bom Prato, mas a decisão final ficou para a rua Capitão Pereira Lago, número 1605.

De acordo com o anúncio feito pelo governo em outubro de 2017, o restaurante – de número 55 - deverá capacidade para 1700 refeições, sendo 300 no café da manhã, a R$ 0,50 cada, e 1.400 no almoço, ao custo de R$ 1. Ribeirão será a segunda cidade do Estado a contar com dois restaurantes do projeto.

A rede de restaurantes Bom Prato serve diariamente mais de 100 mil refeições, entre almoço e café da manhã. O almoço, com 1.200 calorias, feito de arroz, feijão, salada, legumes, farinha de mandioca, um tipo de carne, pãozinho, suco e sobremesa (geralmente uma fruta da época). Já o café da manhã tem leite com café, achocolatado ou iogurte, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. A refeição tem 400 calorias em média.

O serviço foi implantado em todos os restaurantes do Estado em setembro de 2011. Desde a implantação do Programa Bom Prato, foram servidas quase 200 milhões de refeições.